<Bem-vindo à Agência de Casamento> O casamento de verdade é possível? [22]

Latte de Matcha

Cada pessoa tem um ritmo diferente de amar.

Há quem se apaixone rapidamente, como uma chama que se acende e se apaga com a mesma velocidade, e

há quem se apaixone lentamente e mantenha o calor por muito tempo.

O amor não é algo que se faça com a cabeça, mas sim algo que se sente com o coração, por isso a velocidade com que ele acontece não é algo que se possa controlar com esforço.

Não é impossível, mas exige um sacrifício e uma paciência enormes de uma pessoa.

Ele e eu tínhamos um ritmo de amar parecido.

Como caminhar lado a lado em um ritmo que não nos deixa sem fôlego, mas também não é monótono.

Nós trocávamos mensagens durante o dia, desde o momento em que íamos trabalhar até pouco antes de dormir, e às vezes fazíamos videochamadas.

Nesse processo, pudemos nos conhecer melhor, e era tão divertido quando encontrávamos pontos em comum, como 'Ah, você também? Eu também!'.

Nos dias em que eu trabalhava até tarde, ele me levava para casa de carro,

e nos fins de semana, íamos a cafés próximos para tomarmos brunch.

Assim, nos cinco encontros que tivemos, nos aproximamos um pouco mais, e nossa atração um pelo outro aumentou.

Para o fim de semana, ele me convidou para um passeio um pouco mais longe, e decidimos ir a Jebi-do.

Ele não tinha carro com frequência, e, mesmo estando em um relacionamento casual, eu quase nunca tinha ido de carro com ele por um longo período de tempo,

então, na verdade, eu estava mais nervosa do que animada.

Mas eu não queria que ele percebesse que eu estava nervosa.

Nos encontramos cedo pela manhã e partimos, e ele já havia preparado um cantil com um chá quente para eu tomar.

Que atencioso! Mais um ponto para a gentileza dele.

Não demorou muito para começarmos a viagem, e o dia estava ensolarado com muitas nuvens, então o sol estava bem forte.

É claro que eu não tinha óculos de sol, e era meio estranho mexer no protetor solar do carro dos outros, então eu não consegui dizer nada, e só fiquei pensando 'Ah, que sol forte'. Nesse momento, ele que estava dirigindo disse: 'Espere um pouco, está te incomodando o sol?'

e abaixou o protetor solar do lado do passageiro para me proteger do sol.

Meu coração disparou. Mais um ponto para a gentileza dele.

Quando chegamos a Jebi-do, o cheiro do mar estava bem forte.

Demos um passeio pela praia, comemos macarrão e fomos para uma cafeteria próxima.

Ele pediu chá de camomila e eu pedi latte de matcha, e, quando as bebidas chegaram,

em vez de um latte de chá verde claro, havia uma bebida escura, quase como algas verdes fervendo no inferno, em uma xícara.

Fiquei muito surpresa, mas, felizmente, o gosto estava bom.

Nos sentamos em uma mesa na varanda com vista para o mar e continuamos a conversar.

Quanto tempo se passou? De repente, ele se levantou e desapareceu, e voltou com um guardanapo.

“Você deve precisar disso.”

“Ah, algo sujou?”

Ele sorriu e limpou o canto da minha boca com o guardanapo, e quando vi, opa, o guardanapo estava todo verde.

Na verdade, não era só uma sujeirinha, era como se eu tivesse passado uma camada de tinta verde. Como eu não percebi isso?

Aquele latte de matcha, que era grosso como um caldo de carne cozido, estava grudado na minha boca o tempo todo.

Ele deve ter ficado observando e achando que eu ia me limpar sozinha, mas, quando viu que eu não estava fazendo nada, ele me deu o guardanapo. Que vergonha!

Ah...estraguei tudo.

Eu estava falando com ele nesse estado? Com essa espuma verde? Por que eu pedi latte de matcha de todas as opções?

Por que?

“Vamos embora?”

Eram 3 da tarde. Ainda era cedo, mas voltar para casa assim...

Será que nosso relacionamento casual acabou?

Durante a viagem de 1h30 de volta para Seul, fiquei um pouco deprimida, me culpando por tudo.

Não sei se ele percebeu meu estado de espírito.

“Saí mais cedo por medo de trânsito, mas acho que é uma pena irmos embora agora.

Estou pensando em ir para Hongdae, você está afim?”

Eu pensei que ele ia me deixar em casa, então fiquei feliz com a extensão do nosso encontro.

Ah, eu gosto muito dele.

No segundo café, confirmei que não queria perdê-lo.

Eu preciso conquistá-lo.